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Guia para cuidar do seu animal de estimação

Agosto é conhecido como o mês do cachorro louco. Essa fama agourenta é lenda e, provavelmente, fruto do aumento do número de cadelas abandonadas nas ruas que entram no cio nesse período e deixam os cães muito agitados, brigando para disputá-las. É também o período em que a maior parte das prefeituras promove campanhas de vacinação gratuita pelo Brasil. Portanto, que tal pegar a carteirinha do seu pet e verificar se ele está protegido? Lembre-se de que a antirrábica é obrigatória por lei porque também representa riscos ao ser humano. Veja outras dicas para deixar seu companheiro saudável e muito feliz! Dica: castrar os animais previne doenças. Nas fêmeas, reduz os riscos de câncer de mama e infecção uterina. Nos machos, evita problemas de próstata!

Cuidados básicos para garantir a saúde do seu bicho:

1. Se você adotou ou comprou um animal de estimação (adulto ou filhote), primeiro leve-o a um veterinário de confiança. Esse profissional vai checar a saúde do mascote, marcar a castração (caso você não queira crias) e orientar sobre cuidados e vacinação.

2. Algumas cidades do país, como São Paulo, exigem o Registro Geral Animal (RGA), que tem o mesmo valor da nossa carteira de identidade. Informe-se no centro de zoonoses de sua região.

3. Mantenha o bicho longe de produtos de limpeza, que podem causar intoxicação. Baldes com roupas de molho, por exemplo, são uma tentação para filhotes curiosos.

4. Se você mora em apartamento, as janelas devem ter redes especiais de proteção para evitar quedas, sobretudo de gatos.

5. Cuidado com flores e plantas. Muitas podem ser venenosas e causar intoxicação.

6. Lembre-se da vermifugação. A cada seis meses, ela deve ser feita (por via oral) em cães e gatos para evitar vermes. Sinais de que alguma coisa não vai bem... Se o seu amigão, de uma hora para a outra, apresentar estes sintomas, procure um veterinário imediatamente: . Tristeza e falta de apetite;

. Andar com o rabinho baixo e entre as patinhas traseiras;

. Parar de lamber-se, no caso de gatos, e ficar sem apetite;

. O pelo cair, apresentar falhas ou ter muita coceira e feridas pela pele;

. Ter vômitos e diarreia;

. Deixar de fazer xixi ou cocô Carteira de vacinação Além das mais antigas e tradicionais, esta tabela apresenta as novas vacinas que você pode aplicar em clínicas para assegurar o bem-estar do seu bicho de estimação CÃES

Antirrábica (obrigatória por lei)

O que previne: raiva Doses: dose única, a partir dos 4 meses. O reforço é anual.

V10

O que previne: cinomose, hepatite infecciosa, parvovirose, coronavirose, adenovírus tipo 1, adenovírus tipo 2, leptospirose e parainfluenza. Doses: a partir dos 45 dias, são aplicadas três doses, uma a cada 21 dias. Reforço anual. O cão adulto, nunca vacinado, recebe duas doses com intervalo de 21 dias.

Parainfluenza tipo 2 e bactéria Bordetella bronchiseptica

O que previne: gripe ou tosse dos cães Doses: filhotes, a partir dos 2 meses, e adultos que nunca foram vacinados recebem uma dose única intranasal ou duas injetáveis, a cada 21 dias. Reforço anual.

Giardíase

O que previne: protozoário intestinal (giárdia). Transmissível aos humanos. Doses: duas doses, a cada 21 dias, para filhotes (a partir dos 2 meses) e adultos nunca vacinados. Reforço anual.

Leishmaniose visceral canina

O que previne: doença gravíssima que deve ser comunicada às autoridades sanitárias. Doses: recebem três doses, a cada 21 dias, para filhotes (a partir dos 4 meses) ou adultos que não tenham sido vacinados.

GATOS

Antirrábica (obrigatória)

O que previne: raiva. Doses: única e deve ser aplicada a partir dos 4 meses. Reforço anual.

V4 (quádrupla felina)

O que previne: protege de doenças causadas por vírus. Doses: aplicada em duas doses com intervalo de 21 dias quando filhotes ou em gatos adultos que nunca receberam a vacina. Reforço anual em dose única.

Leucemia viral felina (FeLV)

O que previne: doença viral felina incurável. Deve ser aplicada após exame de sangue que constate que o animal não tem o vírus. Doses: duas doses com intervalo de 30 dias após os 2 meses de idade. O reforço é anual.

Fontes: Maria Inês Nassif Baraúna, da Clínica VetSP, e Miriam Aparecida Santos, da Clínica Vila dos Bichos, de São Paulo.

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